Da dor à esperança: o sonho da maternidade pela adoção
Tais descobriu que não poderia gerar um bebê e o caminho da adoção foi a forma que ela e o marido resolveram trilhar para construir sua família
A Tais sempre sonhou em ser mãe, mas descobriu, depois de muito sofrimento, que não poderia ter filhos biológicos. O caminho da adoção se fez a partir daí e ela decidiu não sofrer com adoção como sofreu tentando gestar.
Tais passou muitos anos indo a médicos que diziam que ela poderia engravidar com alguns tratamentos, mas esses mesmos profissionais a culpavam, dizendo que ela não conseguia por ser gorda e por estar ansiosa.

Aos 35 anos ela tem, finalmente, o diagnóstico de que ela não poderia mesmo engravidar. É claro que a notícia a abalou a princípio, mas ela logo sacudiu a poeira.
O desejo de formar uma família permaneceu vivo e ela e o marido entenderam que queriam ter filhos, não importava se eram biológicos ou não.
Eles decidiram entrar na fila de adoção praticamente no mês seguinte e nisso, uma outra chave virou na cabeça deles: o casal compreendeu que a espera não precisa ser dolorosa e frustrante. Ao contrário, ela pode ser feliz e ser vivida da melhor forma possível.
A espera na adoção também é uma gestação. As famílias se preparam para a chegada da criança, arrumam a casa e fazem tudo o que qualquer outra família faria.
Não saber quando essa espera termina é a principal diferença em relação a uma gestação biológica. Mas nesse caso, a Tais e o marido até contam com o apoio de uma doula de adoção para que eles possam receber essa criança da melhor forma possível.
Ainda que a Tais e o marido tenham escolhido ter um olhar positivo sobre essa espera, não é fácil lidar com a ansiedade ou com o preconceito que existe de algumas pessoas. Mesmo assim, todo esse processo tem sido fundamental para o amadurecimento do casal.
Embora as crianças ainda não estejam presencialmente na vida na Tais, ela sente o amor de mãe pulsando mais a cada dia que passa. E é esse amor que movimenta e que é maior do que qualquer preconceito ou negligência médica que ela tenha lidado ao longo da vida.
Ouça a história da Tais no podcast Histórias para ouvir lavando louça:
Doulas de adoção
Doulas de adoção existem! Mas antes, caso você não saiba o que é uma doula…
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